Estudo sueco descobriu uma maneira de identificar a presença de uma proteína relacionada ao Alzheimer com um simples exame de sangue
O novo método de análise apresentado pelos pesquisadores permite identificar com precisão inédita a proteína p-tau, que se acumula no cérebro de pessoas com Alzheimer. A ciência acredita que são as aglomerações e emaranhados formados por essas proteínas que pressionam o cérebro e levam a inflamações do órgão, desencadeando os sintomas.
Os primeiros acúmulos de proteína podem aparecer até 20 anos antes dos sintomas da doença neurodegenerativa se tornarem evidentes.
Rastreio do Alzheimer
Os pesquisadores calibraram o exame para encontrar a p-tau217 circulando no organismo, indicando os acúmulos da proteína sem a necessidade de exames mais complexos e caros, como a tomografia cerebral e a punção lombar, que são usados atualmente para diagnosticar o Alzheimer.
O teste se tornou o mais preciso entre todos os disponíveis no mercado e teve resultados comparáveis aos de exames de maior complexidade.
Resultados do teste
O exame proposto pelos pesquisadores da Universidade de Gotemburgo foi testado com 786 voluntários, alguns com declínio cognitivo, outros não. Os resultados foram comparados com os de tomografias e punções. Em 80% dos casos, o exame de sangue foi capaz de fechar um diagnóstico definitivo.
Quando identificou a condição sem a necessidade de novas provas ou exames complementares, o teste de sangue foi 96% preciso no reconhecimento de proteínas beta-amilóides acumuladas (também presentes nos pacientes com Alzheimer) e 97% no da proteína tau.
Futuro do diagnóstico
A expectativa dos pesquisadores é que, no futuro, testes de sangue para detectar doenças neurodegenerativas sejam indicados a todos os adultos com mais de 50 anos como parte do check-up de rotina.